Páginas: 159

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A Raposa de Nove Caudas é uma figura recorrente na mitologia asiática. A primeira vez que tive contato com ela foi assistindo Naruto, lá nos anos 2000. Se você é fã de k-dramas, vai estar familiarizada com a versão coreana, o Gumiho, tendo aparecido em diversas produções de sucesso, como My Girlfriend Is a Gumiho, My Roommante is a Guimiho e mais recentemente, e meu favorito, Tale of The Nine-Tailed (sobre este, você pode ler a resenha aqui!).

Em O Rio e a Raposa, Italo nos leva para uma viagem no tempo diretamente para a origem desse mito tão sedutor que permeia o imaginário coletivo da Ásia Oriental. Conhecemos a Yeou, um bebê abandonado em um vale às margens do vilarejo, e acolhida pela Grande Mãe Hye. Para proteger a criança, a Grande Mãe, em sua sabedoria, a transforma numa criatura meio-humana-meio-raposa (em nota, yeon significa raposa em coreano!), cheia de das mais diversas habilidades.

“Existem momentos na vida em que precisamos nos apoiar em nós mesmos para seguir em frente, pois ainda que o caminho seja tortuoso, ele é apenas nosso.”

É neste vale que Yeon cresce feliz, alheia do mundo que se passa além de seus limites, até encontrar com a jovem humana Lee Sung, tornando-se sua primeira amiga e confidente. A partir de então acompanhamos a trajetória de Yeou enquanto descobre o mundo e os homens arriscando-se para fora dos limites do vale onde cresceu, conhecendo o amor, envolvendo-se em intrigas e disputas territoriais que desafiarão tudo o que ela acredita.

O Rio e a Raposa nos apresenta um ambiente fantástico, regado a referências de lendas e divindades, com um desenvolvimento narrativo digno de séries coreanas do gênero – e tão dramático quanto, diga-se de passagem. Com uma prosa envolvente e leve, as páginas se vão rapidamente, o que me deuxou ansiosa para saber o que viria a seguir: os personagens encontrarão um final feliz?

Se você é fã de fantasia, e se você gosta de k-dramas, O Rio e a Raposa vai ser uma escolha acertada trazendo o melhor dos dois mundo em formato de livro. Eu, inclusive, não pude deixar de imaginar a querida da IU no papel da gumiho Yeou (o que me faz pensar, gostaria de dramas que abordassem a história de origem das lendas, hein! Faz alguma coisa, Coreia!).

“O amor pode se transformar em qualquer oura coisa, seja alegria ou tristeza, decepção ou amargura, rancor ou ódio. Quando bem semeado, ele permanece puro e irretocável, mas se corrompido, pode vir a ser um veneno mortal.”