“Eu não vim ao mundo assim
Não redigi sozinho esta lei
Sou as cicatrizes de mim
e das pessoas que amei.” 
~ Pessato.                                    
(Calma, eu sei que já estamos em outubro e que este post está ligeiramente atrasado!)
Como vocês já devem ter percebido, Setembro foi o mês de prevenção ao suicídio. Quebrando vários tabus, o suicídio NÃO é uma forma de chamar atenção e as doenças que levam ao ato não são drama ou frescura. Depressão, ansiedade e pânico são doenças que necessitam de especial atenção, vez que os sintomas podem não ser identificados facilmente e as vítimas tem tendência a se retrair. Além disso, não há um exame propriamente dito que constate-as, apenas a consulta a um médico especializado (outro tabu, afinal, “quem vai em psicólogo/psiquiatra é louco”).
A depressão é um distúrbio afetivo que acompanha a humanidade ao longo de sua história. No sentido patológico, há presença de tristeza, pessimismo, baixa autoestima, que aparecem com frequência e podem combinar-se entre si. Ela é uma doença. Há uma série de evidências que mostram alterações químicas no cérebro do indivíduo deprimido, principalmente com relação aos neurotransmissores (serotonina, noradrenalina e, em menor proporção, dopamina), substâncias que transmitem impulsos nervosos entre as células. Outros processos que ocorrem dentro das células nervosas também estão envolvidos.
“Mas, Dani, por que você está frisando tanto isso?”
Porque mesmo com tantas informações e campanhas, ainda há pessoas que não tem noção de como uma palavra mal colocada pode destruir o dia de outra.

As pessoas absorvem as emoções de formas diferentes. Algumas são capazes de rebater comentário ofensivos de imediato, outras, de esquecer… Já as pessoas que sofrem de ansiedade, pânico, depressão ou inúmeras outras doenças têm uma forte tendência a engolir ofensas, aceitando-as e construindo uma bolha repleta de sentimentos que as prejudicam pois não tem forças para negá-las.
As palavras que você um dia disse não podem ser retiradas, e você não tem como controlar o impacto que elas terão sobre outra pessoa; por isso, pense antes de falar. Pense muito. Não sirva de munição para a guerra interna do outro.

Por fim (e não menos importante), caso esse post chegue a alguma pessoa que esteja lutando contra sentimentos/pensamentos ruins: respire fundo. Abrace alguém em que confia. E fale. A princípio não será fácil, mas você se sentirá muito melhor no futuro.
Confie em mim.