O livro já foi resenhado aqui no blog pela Amanda e pela Pri, você pode ler o que as duas acharam do livro aqui.

Quem é você, Alasca?, de fato. Minha aventura com esse livro começou em dezembro do ano passado quando terminei Tartarugas Até Lá Embaixo, do John também e amei, e percebi: caramba, nunca li nada mais do Verdinho a não ser A Culpa É das Estrelas há 5 anos. De lá para cá eu cresci, e o livro que eu amei, comecei a achar só legal. Estava com medo do John não desenvolver a escrita dele e manter essa fórmula dele de escrever livros que vá agradar os jovens e vender e ponto. Então pensei com meus botões enquanto remoía: poxa será que Tartarugas é tudo isso ou eu estou cega pela adrenalina pós-leitura? Foi quando decidi que eu precisava de comparativos. O que é óbvio, depois que você para pra pensar, quanto mais você lê um autor mais você o conhece. Pedi a opinião da Pri (que inclusive me emprestou esse livro) e ela achou que eu fosse curtir mais Quem É Você Alasca?  E aqui estou eu na maior introdução da história.

Quanto aos três títulos acima do Verde que eu citei, Alasca está ganhando disparado de ACÉDE, mas perde muito para Tartarugas. A história se passa em menos de um ano e começa quando Gordo (um apelido irônico, pois ele é magrelo) se muda para um internato longe dos pais e mora nos dormitórios do colégio junto aos outros estudantes. Sempre sozinho antes disso, lá ele faz seu primeiro melhor amigo, Chip, e conheceu a primeira garota pela qual ele se apaixona, Alasca – a do título, isso mesmo. Faz amizades, descobre o que é ser jovem, e como se divertir. Estava indo tudo tranquilo e normal e feliz para Gordo que tinha uma vida pacata e solitária e chata antes de se mudar. Até o Grande Acontecimento.

“Eu tento ser corajosa, sabe. Mesmo assim, continuo estragando tudo. Continuo fazendo merda.”

O Grande Acontecimento ocorre um pouco depois da metade do livro e é algo que não tem como abordar de maneira mais objetiva, ou acabarei dando muitos spoilers e apesar do livro ter anos eu não quero isso. Mas então, o Grande Acontecimento vem e muda a vida de todo muno. De Gordo, de Chip, de Alasca e seus amigos. Todos são brutalmente afetados e se envolvem em uma busca sem fim na qual eles não têm certeza se terão uma resposta – ou sequer se querem saber qual é.
O que achei interessante nesse livro do John, o que diferiu de ACÉDE é o quão realistas esses personagens são. Quero dizer, eles não são romantizados, são jovens que fazem besteira e são barulhentos que acham que sabem tudo e os adultos que são idiotas. Quero deixar todos de castigo e ainda lavar suas bocas com sabão. Para não dizer que eles não são romantizados, a Alasca é. Ela é objeto de desejo de Gordo, então sua visão dela é deturpada, ele vê o que quer e como quer; mas ainda assim era possível reconhecer que, além da Alasca que era apresentada, que é a Alasca do Gordo, tem a Alasca real que quase não víamos e que ficava praticamente escondida. Dai – e por vários outros motivos – o título.

– Sabe quem você ama, Gordo? Você ama a garota que faz você rir, que vê filmes pornograficos e bebe com você. Mas não a garota tristonha, mal-humorada, maluca.

De todos os personagens achei a Alasca mais interessante, talvez por ser a mais misteriosa já que não tínhamos contato com ela de fato, já o mais insuportável era o Gordo. Escutem o revirar dos meus olhos. Acredito que tenha feito e faça mais sucesso com a turma da faixa mais jovem (tipo entre 15-20 anos) por ser mais próxima a realidade, mas foi um bom passatempo, tanto que eu li em um dia mesmo. Ele é bem tranquilo, com uma linguagem jovem e, aqui cito minha mãe, “do tipo que não gasta neurônios” (eu amo quando ela fala isso!)

Título Original: Looking For Alaska

Título Brasileiro: Quem é você, Alasca?
Autor (a): John Green
Ano: 2013
Editora: WMF Martins Fontes
Páginas: 229
Sinopse: Miles Halter é um adolescente fissurado por célebres últimas palavras que, cansado de sua vidinha pacata e sem graça em casa, vai estudar num colégio interno à procura daquilo que o poeta François Rabelais, quando estava à beira da morte, chamou de o “Grande Talvez”. Muita coisa o aguarda em Culver Creek, inclusive Alasca Young, uma garota inteligente, espirituosa, problemática e extremamente sensual, que o levará para o seu labirinto e o catapultará em direção ao “Grande Talvez”.

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