Ficha Técnica
Título Original: The Perks Of Being a Wallflower
Título Brasileiro: As Vantagens de Ser Invisível
Autor(a): Stephen Chbosky
Ano: 1999
Editora: Rocco
Páginas: 223
Sinopse: Sinopse: Enveredando pelo universo dos primeiros encontros, dramas familiares, novos amigos, sexo, drogas e daquela música perfeita que nos faz sentir infinito, o roteirista Stephen Chbosky lança luz sobre o amadurecimento no ambiente da escola, um local por vezes opressor e sinônimo de ameaça.
“Nos corredores, vejo as garotas vestido as jaquetas dos rapazes e penso no conceito de propriedade. E me pergunto se alguém realmente é feliz. Espero que sejam. Realmente espero que sejam.”
Engraçado, emocionante e encantador. As Vantagens de Ser Invisível conta a história de Charlie, um adolescente introspectivo e sensível, que vive entre a alegria e uma estranha infelicidade, entre a apatia e o entusiasmo, em seu primeiro ano do ensino médio.
Após seu melhor – e único – amigo se matar, Charlie se encontra mais solitário e confuso que nunca. Seu irmão foi pra faculdade e sua irmã está ocupada demais com o namorado e seu último ano de colégio para lhe dar atenção. Ele conhece, então, Sam e Patrick, dois irmãos que o acolhe sobre sua proteção e apresentam a Charlie uma vida agitada que nunca experimentara antes.
Acompanhamos um ano da vida de Charlie através das cartas que ele manda para um desconhecido destinatário, não sabemos nem onde Charlie mora – Charlie não é nem mesmo seu nome real, mas sua história nos atraia e nos vemos ansiosos para saber o que acontecerá a seguir em sua vida.
“Eu acho que é ruim quando um cara olha pra uma garota e pensa que a forma como ele a vê é melhor do que a garota realmente é. E acho ruim quando a forma mais sincera de um cara olhar pra uma garota é através de uma câmera.”
Charlie é um personagem instigante e complexo. Quieto e tímido, quase não se revela às pessoas – embora tenha muito a dizer, e o diz para seu amigo misterioso que envia as cartas. Ele é muito passivo, achando que ao se abster e fazer o que as pessoas querem estará as deixando felizes, sem perceber que isso faz mal tanto a ele quanto a elas. Há muitas dúvidas que foram crescendo, conforme lia o livro, sobre Charlie. A forma que ele age e pensa é peculiar e bem angustiante. Há momentos que ele parece com uma criança e em outros ele me surpreende com seus pensamentos profundos sobre as pessoas e a vida.
O livro me surpreendeu bastante de maneira positiva. É muito mais profundo e cheio de significados que eu esperava quando ouvi sobre ele. Tem drama, romance, comédia, muita música e livros. Achei bem original e uma jogada de mestre o fato de Stephen ter escrito o livro em formado te cartas, que são apenas as que Charlie envia para o destinatário desconhecido. Às vezes eu me sentia como aquele destinatário, porque a leitura se tornava tão pessoal que facilmente poderia considerar Charlie um amigo real.
“Acho que, se um dia eu tiver filhos e eles ficarem perturbados, não vou dizer a eles que as pessoas passam fome na China nem nada assim, porque isso não mudaria o fato de que eles estão transtornados. E mesmo que alguém esteja muito pior, isso não muda em nada o fato de que você tem o que você tem. É bom e mau.”
Pra terminar o post, vou deixar um vídeo com a música Asleep dos The Smiths. É a música favorita de Charlie e ela é citada várias vezes durante a leitura. Apesar de ser um pouco muito depressiva, ela tem uma melodia deliciosa de se ouvir!
Classificação:
E não é que a resenha saiu? Bom, e confesso que ela ficou simplesmente incrível — possui uma linguagem simples, porém reveladora, como se passasse ao leitor os sentimentos que se tem ao ler o livro.
E eu, que já estava pouco (muito) curiosa para ler o livro, estou me corroendo para comprá-lo após ler tais comentários sobre ele.