Nós estamos felizes, livres, confusos e sozinhos do melhor jeito
Isso é miserável e magico
Essa noite é a noite em que esqueceremos os corações partidos.
we(heart)it

Quando tinha quinze anos, dezoito me parecia um número extremamente longe e cheio de expectativas.

Dezoito anos, símbolo de sonhos e conquistas, de aventuras e amores. Dezoito anos, aquele número que dizia que eu era praticamente adulto e teria aquela tal da liberdade.

Bom, aqui estou eu. Passei dos dezoito aos dezenove mais rápido que poderia imaginar. E, sabe, nem foi tudo aquilo que eu almejava quando tinha quinze anos. Dezoito anos não é uma data mágica que com um pouco de pó de fada te faz crescer e virar adulta. Números não fazem quem ou o que sou. Ter dezoito ou dezenove anos não é sinônimo de que, automaticamente, serei mais ou menos feliz. Não é tanto o que será, mas sim o que foi.

Foram dezoito anos de sonhos. Dezoito anos de amor. Dezoito anos de risos e também de choros. Caí, machuquei, e me levantei mais forte. Aprendi dia após dia sobre a vida, sobre as pessoas e principalmente, aprendi sobre mim mesma. Dezoito anos trilhando meu caminho, ousando sonhar.

O que virá com dezenove anos? Mistério… Mas um sábio colega já disse uma vez: “Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos”. Eu já abandonei minhas roupas usadas e esqueci o antigo caminho.

Em que nós abandonamos toda a cena
e acabamos sonhando
em vez de dormindo