Título Original: Winter Garden
Título Brasileiro: Jardim de Inverno
Autor(a): Kristin Hannah
Ano: 2012
Editora: Novo Conceito

Páginas: 416

Sinopse: Meredith e Nina Whiston são tão diferentes quanto duas irmãs podem ser. Uma ficou em casa para cuidar dos filhos e da família. A outra seguiu seus sonhos e viajou o mundo para tornar-se uma fotojornalista famosa. No entanto, com a doença de seu amado pai, as irmãs encontram-se novamente, agora ao lado de sua fria mãe, Anya, que, mesmo nesta situação, não consegue oferecer qualquer conforto às filhas. A verdade é que Anya tem um motivo muito forte para ser assim distante: uma comovente história de amor que se estende por mais de 65 anos entre a gelada Leningrado da Segunda Guerra e o não menos frio Alasca. 


Nina é uma excelente fotojornalista que vive um relacionamento informal. Ela viaja o mundo, ganha prêmios e não tem um ‘lar’. Meredith é mãe de duas filhas, mora perto da família e ajuda todos como pode, porém enfrenta problemas no casamento. Ambas são irmãs e compartilham uma infância regada de expectativas e decepções para com a mãe, Anya, que mantem-se sempre fria com relação as duas – será que Anya sequer as ama? Quando o pai adoece terrivelmente, Nina volta para casa e com a família reunida, em seu leite de morte, ele faz com que as três mulheres de sua vida prometam se acertar – o que só será possível se Anya revelar a elas seu triste passado.

Após a morte do pai, Anya encontra dificuldades em contar-lhes sua história e Meredith resolve não insistir. Nina, entretanto, em aquele espirito de jornalista, está convicta a ir fundo e promete não deixar a mãe em paz até saber toda a sua história. É assim que, em formato de um conto de fadas sem final feliz, Anya lhes revela pouco a pouco seu passado, uma história de amor trágica iniciada em Leningrado e perdida no tempo.

“Beijá-lo costumava ser tão fácil quanto respirar, mas agora parecia algo estranhamente ousado, e ela não conseguia se aproximar dele.”

Uma emocionante trajetória de uma menina cujos sonhos se perderam em meio à guerra, mas que lutou corajosamente para salvar sua família. A dor da guerra, das perdas, o medo das incertezas e do amanhã. Muitíssimo bem escrito, parece que somos levados ao Leningrado e sofremos junto às famílias. Admito: chorei.

A narrativa é divida em dois momentos paralelos: o presente das irmãs Whiston, em 2000/2001 e o passado da mãe. Ambos escritos em terceira pessoa, porém diferidos no itálico do ‘conto’. Conforme Anya se liberta do peso do segredo, as coisas entre as três vão evoluindo, não apenas a relação mãe-filhas, mas também a irmandade e, principalmente, a visão delas sobre elas mesmas, fazendo-as evoluir internamente e entenderem e superarem os problemas que enfrentam. É lindo.

“Ninguém mais sorri, ninguém ri. Ela e a mãe e a irmã tentam fingir que tudo vai melhorar, mas ninguém acredita nisso.”

A diagramação do livro é simples, capítulos enumerados, detalhezinhos aqui e ali que parece uma florzinha e umas belíssimas citações da Anna Akhmatova. E a capa, ah, a capa é linda!

Avaliação: