Literatura Nacional
Título: Simplesmente Ana
Autor: Marina Carvalho
Ano: 2012
Editora: Novo Conceito
Páginas:
Sinopse: Imagine que você descobre que seu pai é um rei. Isso mesmo, um rei de verdade em um país no sudeste da Europa. E o rei quer levá-la com ele para assumir seu verdadeiro lugar de herdeira e futura rainha… Foi o que aconteceu com Ana. Pega de surpresa pela informação de sua origem real, Ana agora vai ter que decidir entre ficar no Brasil ou mudar-se para Krósvia e viver em um país distante tendo como companhia somente o pai, os criados e o insuportável Alex. Mudar-se para Krósvia pode ser tentador — deve ser ótimo viver em um lugar como aquele e, quem sabe, vir a tornar-se rainha —, mas ela sabe que não pode contar com o pai o tempo todo, afinal ele é um rei bastante ocupado. E sabe também que Alex, o rapaz que é praticamente seu tutor em Krósvia, não fará nenhuma gentileza para que ela se sinta melhor naquele país estrangeiro. A não ser… A não ser que Alex não seja esta pessoa tão irascível e que príncipes encantados existam. Simplesmente Ana é assim: um livro divertido, capaz de nos fazer sonhar, mas que — ao mesmo tempo — nos lembra das provas que temos que passar para chegar à vida adulta.
À pedido do pai, e também porque quer conhecer melhor o lado até então desconhecido da família, Ana o acompanha até Krósvia para ser reconhecida como sua filha legítima e de quebrar explorar esse novo país e vida nova que o pai lhe proporciona. Ana está convicta de que será apenas uma passeio e que em breve voltará para sua vida no Brasil com suas amigas e seu pseudo-namorado, mas sua determinação começa a balançar ao conhecer os habitantes e os funcionários amáveis do castelo e Ana precisa enfrentar escolhas que podem mudar sua vida.
“O rosto dele adquiriu uma expressão de realização, como se aquela simples palavra fosse a mais bonita e importante do mundo. Naquele momento, ela era sim. Pelo menos para nós.”
Simplesmente Ana é um livro leve e bem tranquilo de se ler. A linguagem é bem fácil e jovem, de modo que a leitura é até rápida e também cativante. Senti uma mistura de O Diário da Princesa com Um Príncipe em Minha Vida, ingredientes ideais para dar ao livro aquele tom sonhador que as meninas gostam, principalmente aquelas que estão na primeira metade da adolescência.
Admito ter demorado em iniciar a leitura, mas assim que comecei e aproveitei cada página, apesar de muitas coisas eu ter previsto com facilidade. Sabe quando você assiste o mesmo filme mais de uma vez, sabe o que vai acontecer mas mesmo assim continua e se diverte? Foi a minha sensação ao ler Simplesmente Ana. Leve, um tanto previsível, com um ar de fanfic, mas uma delícia.
“Vestidos justos, corpos perfeitos, rosto de anjo, nada disso tem significado quando o caráter é uma porcaria.”
Me diverti demais com Ana! Ela é tão… natural, as coisas que ela pensa e fala, algumas delas me fizeram rir outras duvidei de sua inteligência (sem spoilers aqui!). Ela tem apenas 20 anos e sua vida toma um rumo muito diferente e ela tem medo e ela está curiosa, é muito interessante observa-la lidando com as coisas e não se deslumbrando. Adorei.
E há o Alex… aah, o Alex. Tão sarcástico e com aquele jeitinho presunçoso do tipo “quem é você, mesmo?”. E ainda assim, atraente e interessante. Queria falar mais dele, mas isso requer spoilers e discussão de personagem, e resultaria num texto enorme. Mas resumindo sobre ele, é aquele personagem que é começa com um jeito irritante, mas que vai evoluindo e melhorando no conceito.
Tenho sentimentos conflitantes quanto ao livro. Eu o achei fofo e encantador, envolvente mesmo sendo previsível. Mas, não sei porque, não me impressionou muito, sabe? Talvez eu tenha passado da fase e ele seja mais aproveitado por gente mais nova que eu (minha prima de 13 leu Simplesmente Ana umas quatro vezes ou mais!). Independentemente, é uma leitura despretensiosa e relaxante se você está em busca de algo tranquilo para ler. Com certeza seu lado sonhador será despertado por Simplesmente Ana.
“Minha mãe sempre disse que, às vezes, não faz mal ter pena de nós mesmos. Então eu tive.”