Título Original: Twenties Girl
Titulo Brasileiro: Menina de Vinte
Autor(a): Sophie Kinsella
Ano: 2010
Editora: Record
Páginas: 496
Sinopse: Lara Lington sempre teve uma imaginação fértil. Agora ela começa a se perguntar se está ficando maluca de vez. Meninas normais de vinte poucos anos não veem fantasmas, né? Pelo menos era o que ela pensava até o espírito da tia-avó Sadie, que foi uma jovem dançarina de Charleston com ideias avançadas sobre moda e amor, aparecer misteriosamente com um último pedido: Lara precisa localizar um colar que foi dela por mais de 75 anos. Só assim tia Sadie poderá descansar em paz. Além de encontrar a joia, Lara tem que lidar com probleminhas do dia a dia: a sócia foi curtir um romance em Goa, sua empresa está afundando e ela acabou de ser abandonada pelo homem “perfeito”. Nesta divertida história, Lara e Sadie são duas meninas de vinte bem diferentes que vão aprender a importância dos laços familiares e da amizade
Olá peeps! Mais uma resenha atrasada da
Maratona Literária que fiz em janeiro (que feio Maria ts ts ts), a passos lentos, estou botando o blog em dia! Só falta mais uma resenha pra fechar as da Maratona e mais algumas pra acabar de vez. E eu achando que seria fácil essa vida universitária gente?!
Enfim, voltando ao livro, Menina de Vinte foi escrito por Sophie Kinsella, você talvez a conheça. Sabe aquele filme com a ruivinha viciada em compras chamado Delírios de Consumo de Becky Bloom? Foi baseado numa série de livros da autora, chamada Shopaholic. Eu já vi o filme – mais de uma vez até – mas ainda não havia lido nenhum livro da Kinsella até então.
“Se um caso de amor é unilateral, então será sempre uma dúvida, nunca uma resposta. Não pode passar sua vida esperando uma resposta.”
A Menina de Vinte é Lara Lington, uma mulher com seus vinte e tantos anos que dirige uma empresa em ascensão com sua melhor amiga. Ou pelo menos é o que ela diz a seus pais, já que a sócia sumiu com o namorado e Lara não consegue dar conta do recado sozinha. Pra completar, o amor da sua vida, o homem com o qual se imaginava casada, simplesmente a deixou – e foge de toda tentativa de Lara de se reaproximarem. Tudo o que ela menos precisava agora era o fantasma da sua tia-avó Sadie, que morreu aos 105 anos e sozinha num asilo, a importunando por causa de um colar desaparecido. Já que ignorar a falecida não funciona, Lara se rende e tenta ajuda-la a encontrar a paz para poder seguir em frente, só não imaginava que um simples colar fosse trazer tanta aventura e descobertas em sua vida. Com uma narrativa fluída e fácil, Menina de Vinte me surpreendeu positivamente. Não esperava muito do livro, mas a leitura me divertiu e envolveu de uma maneira inesperada – e eu adorei!
Lara é a única pessoa capaz de vez a tia-avó Sadie, cuja forma fantasmagórica não é a da idade com a qual morreu, mas sim do ápice de sua juventude lá na década de 20. Sadie é petulante, gosta das cosias de seus jeito e sabe ser extremamente irritante quando quer (a maior parte do tempo). Passei a maior parte do livro incomodada com a maneira infantil e chatice, mas com o desenrolar da história pode ver o que toda aquela atitude escondia e sua moral se elevou comigo. Sua sobrinha-neta, Lara, é quase o oposto: está disposta a ajudar os outros (quase sempre), e quase nunca se impõe – motivo este, aliás, de a sociedade com a amiga não estar dando certo. Uma mulher tentando se encontrar na vida, uma pessoa normal se não fosse pelo mania de stalkear o ex. E quando digo stalkear, é daquela maneira irritante e perturbadora. Ela não aceita o fim do namoro e começa a perseguir o cara para poderem conversarem e assim resolverem seja lá o problema que impeça-os de ficar juntos, já que ela tem certeza de que ele ainda a ama. Bem que dizem que o pior cego é aquele que não quer ver. Lara tem aquele humor britânico que tanto falam e me divertiu a beça, não apenas com o sarcasmo e a ironia, mas também com sua capacidade de se atrapalhar, embora também tenha me irritado um pouco às vezes ao parecer mais uma adolescente de 17 anos que uma mulher feita.
“Não pode perder tempo pensando no que poderia ser. Precisa olhar para o que é.”
A busca pelo tal colar se mostra muito maior do que elas pensaram. Ele não simplesmente se perdeu nas coisas da casa de repouso, e ai que a história me surpreendeu. Lara e Sadie são obrigadas a dar uma de detetive para rastreá-lo e tentar o reaver. Nesse meio tempo, Sadie mete Lara em situações como ir a um encontro por ela ou se vestir como uma moça dos anos vinte. Momentos que, apesar das brigas, aproximam as duas e as tornam amigas. Uma evolução nítida nas páginas, do relacionamento e de cada uma. Sadie e Lara aprendem uma com a outra e se tornam verdadeiras amigas; foi triste, e isso não é spoiler, uma vez que é esperado, quando elas precisam se despedir. =(
Gostei bastante do livro, divertido, envolvente e com um toque de aventura. Sophie soube aproveitar as personagens sem as sobrecarregar ou deixar a desejar. A plot line também foi bem desenvolvida, um dos pontos mais altos na minha opinião; o enredo se desdobra e melhora a cada página, ganhando reviravoltas e descobertas que você nem cogitaria que estaria na história. Se os outros livros da Kinsella forem nesse mesmo estilo, estou louca para ler mais!
“Por que você pode querer, querer e querer.(…) Mas se ele não a quiser também, é como se estivesse querendo que o céu fosse vermelho.”
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