Título Original: The Indigo Spell

Título Brasileiro: O Feitiço Azul
Autor(a): Richelle Mead
Ano: 2013
Editora: Seguinte
Páginas: 400
Sinopse: A atual missão da alquimista Sydney Sage fez com que ela revisse seus conceitos não só sobre os vampiros, mas também sobre a própria organização à qual pertence, responsável por esconder a existência dessas criaturas do resto da humanidade. Sydney acabou descobrindo um grupo dissidente que tinha muito em comum com os alquimistas, mas objetivos bem mais radicais. Certa de que seus superiores estão guardando segredos sobre essa facção paralela, ela contará com a ajuda do misterioso ex-alquimista Marcus Finch para tentar desvendá-los. Mas isso só será possível se ela conseguir escapar de uma ameaça ainda mais urgente; uma feiticeira cruel que suga a alma de jovens usuárias de magia. Enquanto isso, a garota luta contra os sentimentos cada vez mais fortes pelo rebelde vampiro Adrian Ivashkov. Há tabus e preconceitos milenares arraigados entre as duas raças, que representam um obstáculo enorme para esse relacionamento. Mas Adrian é persistente e é o único em quem ela confia para enfrentar as ameaças que se aproximam. Será que Sydney conseguirá se libertar do seu modo de vida e se render a esse romance?
SKOOB

ATENÇÃO: Contem spoilers de O Lírio Dourado

Minha experiência com Vampire Academy me deixou extremamente cautelosa com o terceiro livro da série Bloodlines. Sabe como é, após tudo aquilo e aquele imenso desgaste emocional, se me permitem o uso do eufemismo, em Tocada Pelas Sombras (terceiro volume de VA) é meio que esperado né? Ah, cara, eu li O Feitiço Azul com bastante cuidado, virando cada página devagar e com o menor movimento para não assustar ninguém, tamanho meu medo.


Sydney está determinada a descobrir se os Alquimistas, as pessoas que ela cresceu admirando e se espelhando, tem realmente alguma relação com um grupo radical e arcaico de caçadores de vampiros, o qual Trey, seu amigo humano, costumava fazer parte e quase mataram a calma e adorável Sonya Karp. Após o embate que os afastou de Palm Springs, pelo menos por hora, Sydney foca-se em sua melhor pista: Marcus Finch. Ele não apenas é um conhecido entre os dois grupos, mas também um ex-Alquimista, algo que Sydney nunca pensou que existisse. E ainda por cima, Marcus diz que sabe o segredo para romper a tatuagem dos Alquimistas e que elas fazem muito mais que uma leve compulsão para não falar sobre a sociedade secreta dos vampiros.

Em paralelo às investigações de Sydney sobre sua própria organização, uma ameaçada mais urgente está a espreita. Uma bruxa poderosa tem roubado os poderes de jovens bruxas e ela pode ser a próxima. Com a ajuda de sua professora e mentora, a sra. Terwillinger, elas precisam proteger a si mesmas e evitar que outras jovens sucumbam.

“Sem mencionar que estava caçando uma bruxa perversa e poderosa ao lado de um vampiro capaz de controlar a mente das pessoas.”

Ah, que livro demais! Muito provável que a cada volume eu diga isso mas: fica cada vez melhor! A história desenvolve, se complica, informações são compartilhadas e os personagens também se desenvolvem e te envolvem. É nesse livro que o enredo toma uma forma mais definida, que você começa a entender para onde a história está seguindo com relação aos Alquimistas e também com Sydney. Em O Feitiço Azul há muita dessa batalha interna dela, entre quebrar seus preconceitos e tabus, enraizados em sua mente desde pequena, e fazer o que ela acha que está certo. Ela começa a pensar mais independentemente e menos como a corporação para qual trabalha e é simplesmente incrível vê-la passar por isso, porque há tantas coisas envolvidas – sua família, sua vida, suas escolhas e as faltas dela. Depois de conhecer Marcus tudo se intensifica e seu apreço pela verdade a faz caminhar rumo ao que pode ser uma traição.

Um elemento primordial para seu caminho é Adrian. Ele, o Moroi que ela não deveria ser amiga, não deveria gostar, deveria repudir, mas que é simplesmente irresistível. Assim como Rose e Dimitri, mas ainda mais que eles, a base de amizade deles é extremamente sólida. Não que Rose e Dimitri não tenham uma base sólida de amizade, mas em Vampire Academy o tempo passava mais rápido e logo no primeiro livro os dois já tinham um envolvimento romântico. Em Bloodlines Sydney e Adrian passaram por muitas coisas e precisam enfrentar cada um mais ainda. Eles tem muito mais tempo em cena juntos, especialmente porque Sydney se vê muito à vontade com Adrian e vice-e-versa. É um companheirismo lindo e mais explorado, deixando a questão romântica quase em segundo plano – mas nunca esquecida.

“Eu nunca havia tido uma relação assim com ninguém e fiquei surpresa com o quanto valorizava a nossa.”

Tudo o que Adrian e Syd passam juntos resulta em um enriquecimento enorme para ambos e para o enredo. A relação deles é ainda pior que Rose e Dimitri, pois além de ser humana Sydney é uma Alquimista. Oops. Muitos oops. E eu adoro como os dois cuidam e fazem bem um ao outro. Acho que todo mundo merece uma amizade como a deles (melhor amizade, melhor que Lissa e Rose, 2bjs).

Quanto ao meu medo, que expressei no primeiro parágrafo… Ah, bem, não irei comentar sobre ele. Coisas aconteceram inesperadamente, mas se foi um choque imenso ou não, isso ficará em off. Se quiserem saber se foi pior, mais leve ou igual ao Tocada Pelas Sombras, sorry, vão ter que ler, seria revelar demais. Só digo que mal posso esperar pelo próximo volume! Bem, eu sempre estou a espera louca do próximo volume.

Como sempre, a edição é um primor da Editora Seguinte. Eu amo essas capas brilhantes e lindas, acho muito melhores do que as capas americanas com modelos (já disse que raramente gosto de capa com modelo? É pois é).

Avaliação: