Oi gente! Eu estou meio afastada do blog devido a alguns acontecimentos pessoais, me desculpem! Espero que me perdoem com essa resenha que o meu amigo, Murillo, fez do filme que está concorrendo a vários Oscar esse ano. Me deixou com muita vontade de conferir no cinema!

 

Título Original: The Danish Girl
Título Brasileiro: A Garota Dinamarquesa
Direção: Tom Hooper
Ano: 2015
Duração: 1h59min
Elenco: Eddie Redmayne, Alicia Vikander, Ben Whishaw e Amber Heard.
Sinopse: O drama biográfico apresenta ao público a história de Lili Elbe – primeira mulher transgênero a se submeter a uma cirurgia de redesignação de sexo. Ao lado de Alicia Vikander – no papel da mulher de Lili, Gerda Wegener -, Eddie Redmayne dá vida à artista e traz para os cinemas os dramas pessoais, a vida profissional e a jornada de Lili até ser considerada pioneira transgênero.


Às vezes, durante o Oscar, alguns filmes importantes acabam sendo enevoados por não terem certas indicações, como aconteceu com Selma no ano passado. Dessa vez, a névoa cobre A Garota Dinamarquesa. Ao mesmo tempo que o filme conta uma história de 90 anos atrás, retrata contornos de um cenário muito comum nos dias de hoje. O machismo opressor que transgêneros (e aqui vai uma crítica ao dicionário padrão da Microsoft não reconhecer a palavra ‘transgêneros’) sofrem desde a infância, a complexa contradição psicológica entre o eu exterior e o eu interior e, como se isso não bastasse, os altos riscos da cirurgia de mudança de sexo (que deveria ter um nome comum mais correto de acordo com a nomenclatura relacionada a gêneros atual).
Repleto de diálogos que fariam muitos tradicionalistas e conservadores terem o estômago revirado, Redmayne é mais do que um ator nessa produção, mas um representante de todas essas pessoas que muitas vezes são opressoras de si mesmas, baseadas em análises primitivas que fazem com que o transgênero se veja como louco, esquizofrênico ou homossexual (ser trans não significa ser homossexual, são coisas diferentes).
Admito que, a partir de certo dialogo no filme, até o seu final, fiquei com meus olhos mareados com a coleção de complexas situações que Lili Elbe enfrenta. Ha muito tempo eu não ficava tão emocionado com uma história tão forte e real como essa. E mesmo com todas essas características e outras tantas, A Garota Dinamarquesa está coberta pela névoa das produções não indicadas a Melhor Filme.
Era a chance da academia, assim como em Selma, passar uma mensagem fortíssima a sociedade. Mas nem tudo é perfeito, assim como nem tudo é desastre: Minha torcida vai para Redmayne nesse ano, não só por ser um fã dele desde Lès Miserables e nem por achar ele um tipo raro de ator, mas também porque ele foi capaz de representar a essência mais profunda de Lili Elbe.
Avaliação:
Por Murillo Pocci
*gifs retirados do Tumblr