Skoob
Título Original: The Cuckoo’s Calling
Título Nacional: O Chamado do Cuco
Autor(a): Robert Galbraith (pseudônimo de J.K. Rowling)
Ano: 2013
Editora: Rocco
Páginas: 448
Sinopse: Quando uma modelo problemática cai para a morte de uma varanda coberta de neve, presume-se que ela tenha cometido suicídio. No entanto, seu irmão tem suas dúvidas e decide chamar o detetive particular Cormoran Strike para investigar o caso. Strike é um veterano de guerra, ferido física e psicologicamente, e sua vida está em desordem. O caso lhe garante uma sobrevida financeira, mas tem um custo pessoal: quanto mais ele mergulha no mundo complexo da jovem modelo, mais sombrias ficam as coisas e mais perto do perigo ele chega. Um emocionante mistério mergulhado na atmosfera de Londres, das abafadas ruas de Mayfair e bares clandestinos do East End para a agitação do Soho. O chamado do Cuco é um livro maravilhoso. Apresentando Cormoran Strike, este é um romance policial clássico na tradição de P.D. James e Ruth Rendell, e marca o início de uma série única de mistérios.
Se tem uma autora que eu leria até a lista de compras, é a J.K. Rowling. Portanto, nada mais normal que minha ansiedade em ler O Chamado do Cuco, especialmente depois de ter lido Morte Súbita e não ter gostado muito, apesar de ser super bem escrito, como de costume. Não é a toa que a chamamos de rainha, mais uma vez veio provar que ela tem o dom. O Chamado do Cuco é incrível.
“Agora, porém, dessas marcas pretas e secas no papel, das mensagens erraticamente registradas e pontilhadas de piadas e apelidos, o espectro da morta surgia diante dele na sala escura.”
O Chamado do Cuco, escrito em terceira pessoa, me remeteu ao meus primeiros contatos com os livros da Christie. Talvez seja o estilo inglês das duas, ou o detetive peculiar presente em ambas narrativas, mas fato é que me cativou de verdade. Queria saber o próximo passo e o que Strike estava pensando tão misteriosamente. Queria entender e conhecer quem era Strike e me afundar em sua história e acompanhar de perto o desenvolvimento do caso.
Uma personagem que eu não esperava que fosse ganhar certo destaque (e por certo destaque entendam aqui que eu esperava nada dela) foi sua secretária temporária e aspirante a detetive, Robin Ellacott. Ela é tão jovem o quanto ele é tão velho (não mentira, não é tão velho assim) e já pensei comigo que “putz, vai ser aquele clichê deles se envolvendo?”. O relacionamento dos dois é uma bolha de ar fresco em meio ao caso estranho e misterioso que se envolveu. Ela é eficiente, perspicaz e determinada. E oferece a Strike, pelo menos aos meus olhos, não uma forma de amor romântico mas uma espécia de família para esse homem tão solitário e amargurado. Estou ansiosa para ler os próximos e ver esse relacionamento evoluir e amadurecer.
“Os mortos só podiam falar pela boca dos que ficaram e pelos sinais que deixavam”
O livro, a grosso modo, também me lembrou do seriado Castle. Não que sejam mesmo estilo ou algo assim, nem sei exatamente o porquê dessa ligação na minha cabeça. Talvez tenha sido um caso similar que eles investigaram, e a forma de investigação. Só sei que, conforme lia, podia ver claramente as cenas na minha cabeça como se fosse uma série ou um filme.
“Bristow parecia querer poder beber o conteúdo da mente de strike. Seus olhos míopes sondaram cada centímetro da cara do detetive com uma expressão entre o temor e a súplica”
O livro é ótimo, a edição é linda, de capa dura e misteriosa. Quero adquirir logo os outros livros que já foram lançados (O Bicho-da-Seda e Vocação Para o Mal). Saiu no final de 2014 a notícia de que a BBC iria adaptar os livros do Strike, agora só esperando para que saia logo as notícias!