Eu li o livro A Cabana há muito, mas muito tempo. Tipo, logo quando lançou. Eu lembrava da história como um todo, sabia que era bonita, porém não conseguia me lembrar dos detalhes e – pra ser bem honesta – não é o tipo de livro que eu leria de novo. Eu tinha até esquecido dele quando surgiu a notícia de que viraria filme, não demorei a decidir que veria quando lançasse.
Uau. Então, faz apenas algumas horas que saí da sessão e eu ainda não sei explicar com palavras o que eu sinto. É algo estranho, aqui dentro no meu peito. Eu tenho uma relação muito boa com a minha espiritualidade, acredito em Deus, agradeço e oro por ajuda, mas esse filme me mostrou algo mais além. É de uma profundidade que nos faz pensar, refletir, chorar e, sim, agradecer.
Como eu já disse em vídeo, eu precisei tirar um tempo pra mim para cuidar da saúde e que estaria voltando aos poucos com o blog. A verdade é, eu ainda estou me cuidando. De 2015 para cá as coisas ficaram bem intensas pra mim, eu estava perdida, precisava de ajuda. Agora as coisas estão começando a voltar ao lugar, mas se não fosse por Papai, eu talvez não estivesse aqui para contar história.
Às vezes, como foi dito no filme, estamos tão perdidos em nossa dor que não percebemos a presença d’Ele em nossa vida. Mas Ele está ali, nos carregando e tentando nos impedir de desistir. Coisas ruins acontecem o tempo todo. Essa semana mísseis americanos atingiram a Síria e todo mundo tem medo de que isso possa ser uma provocação para uma nova Guerra. Onde estaria Papai nesse momento então?
Veja bem, vamos tomar o exemplo de sua casa. Seu pai lhe diz que não pode sair de casa porque está chovendo e é perigoso. Você sabe dos riscos. Papai te disse. Papai te ama. Mesmo assim você sai e se acidenta. É culpa de Papai ou sua? Com Ele é a mesma coisa. Temos a mania de levantar os punhos para os céus e culpar-Lo por todo o mal, mas esquecemos que o mal quem provoca somos nós mesmos. Que Ele ama todos os filhos e sofre por todos nós. Que éramos para praticar o bem e não machucarmos uns aos outros. Mas esquecemos disso. E esquecemos de todo o bem que Papai nos faz. Ou de como ele nos consola após os males. Não podemos mais esquecer disso.
Apesar de, a princípio, você pensar que é um filme pesado, na verdade é um filme bem leve e com tiradas cômicas – de bom tom, claro. Fala sobre fé e o poder do perdão, além da superação. Eu sai do filme me sentindo leve. Plena até. Quando cheguei em casa, olhei para o céu e as poucas estrelas visíveis entre as nuvens, e agradeci sinceramente. Percebi que fazia um tempo que não agradecia pela minha vida e por estar me ajudando nesses meses difíceis. Agradeci e me senti bem.
A Pri também comentou o filme:
Fazia tempo que um filme não me fazia sentir tanto como eu senti e pensei vendo esse filme, como as coisas podem parecer simples do nosso ponto de vista e como podemos julgar o achamos “certo” ou “errado” sendo o juiz daquilo ao nosso redor, assim como também fazia tempo que não pensava em minha relação com Papai e como ela pode sim mudar minha vida. Esse filme veio até mim em uma semana que não estava bem emocionalmente, as coisas que Ele nos ensina são muito importantes e algumas muito comuns até, mas que nos esquecemos com o tempo e com a vida, chorei e me emocionei ouvindo as lições que Ele passou e agora me pego pensando sobre coisas que parecem ser tão óbvias e na verdade são mais complexas que imaginamos. Não somos criados para julgar, o julgamento é o que nos separa de amar uns aos outros, parafraseando Papai nessa adaptação maravilhosa, fomos criados para amar assim como os pássaros foram criados para voar, e quando sentimos que não somos amados, é como se os pássaros tivessem suas assas cortadas e não pudessem voar mais.
Classificação:
Ficha Técnica
Título Original: The Shack
Título Brasileiro: A Cabana
Direção: Stuart Hazeldine
Ano: 2016
Duração: 133min
Elenco: Octavia Spencer, Sam Worthington, Aviv Alush, Sumire, Alice Braga, Radha Mitchel, Ryan Robbins, Graham Greene, Megan Charpentier, Gage Munroe, Amélie Eve. Sinopse: Um homem vive atormentado após perder a sua filha mais nova, cujo corpo nunca foi encontrado, mas sinais de que ela teria sido violentada e assassinada são encontrados em uma cabana nas montanhas. Anos depois da tragédia, ele recebe um chamado misterioso para retornar a esse local, onde ele vai receber uma lição de vida.
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