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Título Original: Miss Peregrine’s Home for Peculiar Children
Título Brasileiro: O Orfanato da Srta. Peregrine Para Crianças Peculiares Autor(a): Ransom Riggs
Editora: LeYa
Ano: 2012
Páginas: 336
Sinopse: Tudo está à espera para ser descoberto em O orfanato da Srta. Peregrine para Crianças Peculiares, um romance inesquecível que mistura ficção e fotografia em uma experiência de leitura emocionante. Nossa história começa com uma horrível tragédia familiar que lança Jacob, um rapaz de 16 anos, em uma jornada até uma ilha remota na costa do País de Gales, onde descobre as ruínas do Orfanato da Srta. Peregrine para Crianças Peculiares. Enquanto Jacob explora os quartos e corredores abandonados, fica claro que as crianças do orfanato são muito mais do que simplesmente peculiares. Elas podem ter sido perigosas e confinadas na ilha deserta por um bom motivo. E, de algum modo, por mais impossível que pareça, ainda podem estar vivas. Uma fantasia arrepiante, ilustrada com assombrosas fotografias de época, O orfanato da Srta. Peregrine para Crianças Peculiares vai deliciar adultos, adolescentes e qualquer um que goste de aventuras sombrias.

Admito que o que incitou minha leitura do livro foi a produção do filme. Claro, a sinopse parecia interessante, minha mãe e minhas tias leram e gostaram, mas com tantos livros para ler, acabei adiando esse por mais de um ano. Quer me fazer passar uma leitura na frente? Faça uma adaptação do livro.

Eu achei a leitura d’O Orfanato da Srta. Peregrine bastante boa. A construção do enredo foi bem bolada, o manuseio do suspense e mistério na medida. A história é cativante e interessante. Acompanhei Jacob em sua busca pela verdade com curiosidade, especialmente sua chegada numa pequena ilha do País de Gales.

“E é assim que alguém extremamente suscetível a pesadelos, (…), e a ver coisas que na verdade não estão ali se convence a fazer uma última excursão à casa abandonada onde uma dúzia ou mais de crianças encontraram seu derradeiro fim.”

Conhecer o mundo dos órfãos foi muito legal. Senti-me o próprio Jacob ali naquele mundo novo cheio de descobertas a fazer. A história deles é triste, apesar de interessante. Tive vontade de entrar no livro e abraçar todos eles e nunca mais soltar. Já o Jacob me irritou diversas vezes, por mais que eu tentasse o entender, no fim eu acabava bufando e revirando os olhos para ele.
Algumas coisas na história eu achei previsíveis e outras absurdamente previsíveis, por outro lado, muita coisa também me pegou de surpresa – tipo quando Jacob descobre o porquê de tudo aquilo estar acontecendo. Foi um equilíbrio, mas apesar de ter gostado bastante, não foi uma leitura que tenha me marcado. Senti que algo faltou pra mim. Acho que eu esperava um livro mais gótico, mais bizarro. O Orfanato é bem sombrio, si; tem coisas estranhas, sim; mas ainda faltou algo pra mim.

E que edição mais maravilhosa do livro! A capa, as páginas com fotos, os detalhes na margem. Adoro quando o livro possui artes assim, além de serem mais bonitos visualmente, complementam e incorporam a história.

“As estrelas também eram viajantes do tempo. Quantos daqueles pontos de luz antigos eram ecos de sóis atualmente mortos? Quantas tinham nascido, mas sua luz ainda não chegara tão longe? (…) Sempre soube que o céu era cheio de mistérios, mas só nesta noite me dei conta da quantidade deles que havia na terra também.”

Avaliação: