Título Original: Vivian Apple At The End of The World
Título Brasileiro: Vivian Contra o Apocalipse
Autor(a): Katie Coyle
Editora: Agir Now
Ano: 2015
Páginas: 288
SKOOB
Sinopse: Vivian Apple tem 17 anos e mal pode esperar pelo fatídico “Arrebatamento” — ou melhor, mal pode esperar para que ele não aconteça. Seus devotos pais foram escravizados pela Igreja faz tempo demais, e ela está ansiosa para que voltem ao normal. O problema é que, quando Vivian chega em casa no dia seguinte ao suposto Arrebatamento, seus pais sumiram e tudo o que restou foram dois buracos no teto… Vivian está determinada a seguir vivendo normalmente, mas quando começa a suspeitar que seus pais ainda podem estar vivos, ela percebe que precisa descobrir a verdade. Junto com Harp, sua melhor amiga, Peter, um garoto misterioso que tem os olhos mais azuis do mundo e informações sobre o verdadeiro paradeiros dos seguidores da Igreja (ou é o que ele diz), e Edie, uma Crente que foi “deixada para trás”, os quatro embarcam em uma road trip pelos Estados Unidos. Mas, depois de atravessar quilômetros de eventos climáticos bizarros, gangues de Crentes vingativos e um estranho grupo de adolescentes auto-intitulados os “Novos Órfãos”, Viv logo vai perceber que o Arrebatamento foi só o começo.
Este é um livro muito interessante. No começo eu era extremamente cética quanto ao mundo descrito por Katie. Depois comecei a pensar e a discutir com a minha mãe e… wow, não é tão distante assim da nossa realidade. Aliás, muitas coisas que acontecem em Viviam Contra o Apocalipse acontece no nosso dia-a-dia. E vale ressaltar que o que eu mais gostei foi o fato de o Apocalipse não ser aquele mesmo dos zumbis ou doença. Viva a criatividade!
Há alguns anos o mundo viu uma nova corrente religiosa se formar. Com líderes simpáticos, bonitos e de boa lábia. Essa nova igreja pregava que o Apocalipse estava próximo e, portanto, quem quisesse ser salvo deveria seguir uma nova vida, deixar para trás aquilo que pudesse corromper sua alma para que você fosse digno do reino de Deus. Para isso, era necessário não somente ter uma nova conduta, mas consumir os produtos que eles diziam que poderiam consumir. Escreveram até mesmo uma nova bíblia. Quando surgiu ninguém deu muita bola – embora algumas pessoas terem começado a segui-la. Era indefesa, só mais uma entre milhares.
“Não existe mais ‘normal’ – argumentou Harp. – Nunca mais vai existir. Então agora parece ser uma boa hora para você começar a agir como se fosse a heroína da própria história.”
Até que as pessoas começaram a temer. Terremotos, tragédias, muitas pessoas começaram a morrer e a igreja começou a tomar força. Disseram que os que seguiam religiosamente seus passos seriam salvos no dia do Arrebatamento. Os pais da Vivian começaram a participar dessa igreja assim como muitos outros. A sociedade era basicamente dividida entre os Crentes e os não-Crentes. Vivan e sua melhor amiga eram não-Crentes e faziam piada daqueles que acreditavam que o Arrebatamento iria acontecer. Até que… ele acontece e Vivian está sozinha. Porém nem todos os Crentes são salvos e o mundo (ou o Estados Unidos, não sei dizer) entra em caos. Os Crentes culpam os não-Crentes e começam a persegui-los, enfim, uma coisa de louco.
Imagina. Essas coisas não aconteceriam. Será mesmo? Há menos de 100 anos certo líder convenceu uma nação inteira a marchar contra uma parcela da sociedade. Vemos fanatismo religioso nas notícias dos jornais. Pessoas contra pessoas por conta de suas sexualidades. Nossa sociedade não está muito longe da vivida por Vivian.
“Se o mundo acabar, eu acabo. E parece que mal comecei. Isso é idiota?”
Voltando ao livro: eu gostei bastante do enredo, dos personagens, da leitura no geral. Contado pelo ponto de vista de Vivian, seguimos sua trajetória a partir da véspera do Arrebatamento, com flashbacks durante a leitura para situar o leitor da evolução da Igreja Americana. Após o sumiço dos pais de Vivian e de Harp, sua melhor amiga, a aventura se inicia. Elas estão em busca de um lugar para ficarem seguras, ao mesmo tempo que lidam com suas próprias crenças (afinal, a Igreja Americana era real?). É quando encontram Peter que afirma que nem tudo o que parece é quando se trata da Igreja e que possui informações que talvez possam guiar à respostas de suas perguntas. Viv, Harpie, Peter e Edie – uma antiga amiga de escola delas e uma Deixada Para Trás – caem na estrada e enfrentam o desconhecido.
A evolução dos personagens é visível – e agradável. Harp era a amiga louca de Viv, a que sabia sempre o que dizer e o que fazer, e Viv apenas ia na onda até quando quisesse. Elas passam por tantas coisas que ambas amadurecem para melhor, não sem antes passarem por alguns perrengues. Mas no final as duas estão diferentes, mais responsáveis e corajosas, principalmente Vivian que larga de ser secundária em sua vida para ser a protagonista.
Com indagações pertinentes, é um livro gostoso e rápido de se ler, com reviravoltas e descobertas e mistérios deixados para o próximo volume.
Vivian Contra o Apocalipse é
muito legal apesar de não eu ter vibrado com a leitura. Não sei explicar. Qualquer coisa na escrita, talvez por eu não ser exatamente o público-alvo. De qualquer forma, eu definitivamente, estou curiosa para o próximo!
“A minha vida não tem mais data de validade, se estende até onde vai minha imaginação, para sempre.”
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