Título Original: Poslednja Knjiga
Título Brasileiro: O Último Livro
Autor: Zoran Živković
Editora: Octavo
Ano: 2012
Páginas: 240
Sinopse:Um dos clientes da livraria Papyrus, o sr. Todorovic, morreu subitamente enquanto estava folheando um livro em uma das poltronas da livraria. Vera Gavrilovic, uma das proprietárias, está chocada. E esse é apenas o começo- segue-se outra morte, e depois outra, todas inexplicáveis. A única coisa em comum entre elas é que todas as vítimas estavam lendo um livro. Este parece ser um caso para o inspetor Dejan Lukic, um policial formado em literatura e apaixonado por livros. Dejan, com a ajuda de Vera, dará início a uma investigação que se agravará cada vez mais, ao ponto de envolver a polícia secreta. Isto, até se depararem com o último livro.
SKOOB
Conheci o
O Último Livro através da indicação da Thaís, do
Palavras Perdidas, que há muito me dizia para ler. Então, peguei emprestado e em uma sentada o finalizei. Enquanto escrevo, estou tentando desvendar o que achei do livro, A conclusão é inconclusiva.
Não tem partes fáceis na hora de explicar isso. Não sei se consegui compreender o final, não sei sequer se eu realmente gostei do livro. É tudo uma grande incógnita pra mim!
O Último Livro é aquele livro que você precisa ler mais de uma vez, e prestar atenção e, pelo menos comigo, ler as páginas finais no mínimo três vezes.
O Último Livro me lembrou uma versão moderna de O Nome da Rosa, com uma mistura de elementos sobrenaturais inesperados e um tanto confusos. É um livro bem escrito, com uma história intrigante e um bom ritmo de leitura. Mas há certos poréns que me deixaram angustiada quanto a minha avaliação no geral.
– A vida raramente é simpática para os inspetores de polícia.
Primeiro que o livro é extremamente objetivo. É tipo “pá-pum”, os fatos são esses e esses, tó. Fico incomodada com isso, porque me parece má vontade de desenvolver melhor a ideia de forma a ficar menos quadradona. É um romance, não uma equação matemática! Acaba soando como uma matéria de jornal e eu não acho isso legal.
Eu poderia superar a objetividade se não fosse a falta de profundidade dos personagens e a falta emoção. Para vocês terem uma ideia, acontece um romance no livro que ficou à deriva. Teoricamente, os personagens estava se apaixonando um pelo outro no meio da investigação, mas não havia nenhum indício de sentimentos a não ser quando deixavam claro isso em sua fala, e olhe lá. Parecia falso, superficial; da mesma maneira que os próprios personagens pareciam superficiais, como se simplesmente estivessem ali.
Já havia percebido isso no começo, que a objetividade combinada com a superficialidade deixavam a leitura ríspida, mas no decorrer da leitura, com tantas coisas acontecendo acabei deixando em segundo plano. Quando cheguei ao final, não conseguia entender porque parecia que faltava algo, algum tempero, por mais que eu sentisse que tinha gostado. Isso acabou interferindo no aproveitamento do livro, uma história cheia de potencial mal aproveitada.
Não sei se consegui absorver tudo o que o livro propõe. Quero dizer, eu gostei em partes, mas achei certas coisas confusas, especialmente quando se chega ao final e sua explicação sucinta e rápida. Tentei entender o conceito geral, mas o final me deixou com mais dúvidas do que o caminho até ele, não pelo final em si, mas como ele interage com a trama. Como disse, o livro e meus sentimentos para com ele não são lá muito fáceis de se explicar.
– Ninguém morre por ler um livro… – disse ela após uma ligeira hesitação.
Avaliação: