Título Original: Insurgent
Título Brasileiro: Insurgente
Autor: Veronica Roth
Ano: 2012
Editora: Rocco
Páginas: 512
Sinopse: Na Chicago futurista criada por Veronica Roth em Divergente, as facções estão desmoronando. E Beatrice Prior tem que arcar com as consequências de suas escolhas. Em Insurgente, a jovem Tris tenta salvar aqueles que ama – e a própria vida – enquanto lida com questões como mágoa e perdão, identidade e lealdade, política e amor.
SKOOB

ATENÇÃO: Contém spoilers de Divergente

Insurgente começa imediatamente após o final de Divergente, com o grupo Tris, Quatro, Caleb e Marcus no trem e pensando qual deverá ser o próximo passo, uma vez que a guerra política parece ser iminente. É um livro cheio de informações e revelações que nos deixa a par muito melhor do que em Divergente de como funciona o sistema de Facções em Chicago. Eu gostei da maior parte da leitura de Insurgente, a tensão no livro aumenta e não sabemos quem é o amigo e quem é o inimigo.

Após perder os pais e matar um de seus melhores amigos, Tris e seus companheiros seguem para a sede da Amizade para descansarem e se recuperarem. Entretanto, Tris continua muito abalada: tem pesadelos, sente medo e insegurança, ainda por cima não consegue segurar uma arma – ou sequer olhar direito para uma. Por um lado, entendo seu trauma, depois de tudo o que ela passou é plausível e entendível. Entretanto, Tris ficou bem chatinha nesse livro, assim como Quatro. Estão todos lidando com muita coisa, e a relação dos dois é cheia de altos e baixos, mas os dois ficam cheios de mimimi, cheios de segredos e estranhezas. Foi cansativo, para falar a verdade, senti falta da cumplicidade dos dois do primeiro livro.

“Às vezes, sinto que estou colecionando as lições que cada facção tem a me ensinar e guardando-as em minha mente, como um guia para me virar no mundo. Há sempre algo a aprender, sempre algo que é importante entender.”

Assim como em Divergente, Insurgente é bem dinâmico e cheio de acontecimentos e ação, e li bem rápido também, cada vez mais curiosa para saber o que aconteceria a seguir. Eles se aliam a um grupo que eles não esperavam, mas o instinto de Tris que já se mostrou muito útil mais de uma vez diz a ela que há algo errado e a menina – que tem 16 anos ainda, sempre me surpreendo ao lembrar disso – decide fazer o que acha ser o certo.

Para ser sincera, gostei muito mais de Divergente do que gostei de Insurgente. É um livro legal e tudo o mais, mas sei lá… não me cativou tanto quanto o primeiro, embora o enredo tenha evoluído bastante e os personagens de certa forma amadurecidos. O problema, acredito, tenha sido a Tris mesmo, pelos itens que pontuem nas linhas anteriores. A história que ela narra está mais interessante do que ela é.

“Abro um pequeno sorriso. Gostaria de poder dizer aos meus pais que vou morrer como alguém da Abnegação. Acho que eles se orgulhariam de mim.”

Uma coisa que acontece comigo é que, depois de algum tempo, as distopias tendem a me cansar. Aconteceu com Jogos Vorazes, quando comecei a perceber que o sistema de governo era absurdo e irreal demais, e está acontecendo a mesma coisa com Divergente, pelos mesmos motivos. Especialmente com uma descoberta super importante que acontece nas páginas finais desse livro. Achei tudo muito… meh, sabe? Fraco, sem muito sentido. Não. Gostei.

Mas, no geral, foi uma leitura boa e, mesmo sabendo certos spoilers importantes de Convergente (aquele lá mesmo), eu estou curiosa para o próximo livro e saber como a trilogia será finalizada.

Avaliação: