Título Original: Provocative in Pearls

Título Brasileiro: Provocante
Autor(a): Madeline Hunter
Editora: LeYa
Ano: 2014
Páginas: 400
Sinopse: Verity Thompson desapareceu no dia do seu casamento. Seu paradeiro ficou em segredo por anos, um longo período no qual seu marido, o conde de Hawkeswell, viveu na penúria e na incerteza. Verity deixou para trás uma fortuna imensa, porém, inacessível à família, pois sua morte não havia sido oficialmente declarada. Nem poderia, já que ela estava bem viva. Ao ser obrigada a se casar, ela foge de Londres e refugia-se no campo. Abandonou sua fortuna em troca da liberdade. Mas o destino tem os seus próprios desígnios e a jovem se vê obrigada a regressar à cidade e a um casamento sem amor. Seu arrogante marido, porém, está disposto a chegar a um acordo: se Verity lhe der três beijos por dia, ele não a obrigará a cumprir os deveres conjugais. Mas, claro, há beijos e beijos… e Verity vai perceber até que ponto foi realmente um erro se entregar nas mãos de um hábil mestre.

Começo a resenha admitindo que, ao ler a sinopse e ver a capa, não dava nada para o livro. Okay, nada não, mas não esperava muita coisa. Imaginei que seria apenas mais um New Adult, e por algum motivo tinha a impressão de que seria tedioso, clichezento, sei lá. Procrastinei a leitura até finalmente embarcar no livro em um final de tarde. Não poderia estar mais enganada, e fico feliz por ter estado errada. Finalizei a leitura no final daquele mesmo dia.

“Ele lutou consigo mesmo para dominar a profunda irritação advinda do fato de ela já ter levado a melhor duas vezes numa luta na qual ela não deveria ter o direito sequer de empunhar uma arma.”

Provocante é de fato um New Adult. No decorrer da história, que não é apenas sobre Varity estar em um casamento sem amor, há alguma cenas mais picantes, embora não sejam explícitas, apelativas ou vulgares; as cenas foram escritas mais floreadas, e eu particularmente gostei da forma da autora em escreve-las, com um toque de romantismo mas sem deixar de fora a sedução. Outro ponto positivo é que, apesar de haver tais cenas, elas não foram inseridas com exagero ou forçadas na trama. O que estava em questão era o relacionamento dos dois, a evolução e desenvolvimento de Varity e Grayson como casal e pessoas, sendo tão iguais e tão diferentes, funcionavam juntos apesar de tudo.

Eu não estava esperando que o livro tratasse de um assunto que não fosse relacionado ao romance do casal, por isso, tive uma agradável surpresa ao me deparar com algo mais, um “mistério” a ser resolvido. Não é nada muito profundo, mas acrescenta à trama e história, gostei bastante disso, pois quebrou aquela coisa focada apenas em relacionamento e construiu um cenário atrás da história.

“Ela se lançara num precipício, ao encontro do mistério e deslumbramento, e a voz dele voltava a colocar seus pés em terra firme.”

Não há especificado o período histórico em que esse livro se passa, ou então não encontrei. É um romance de época pelas pistas que são dadas na narrativa: o casamento era um negócio, o papel da mulher na sociedade – e a forma como Verity contesta isso. Considerando as pistas, então, imagino que em algum lugar entre o século 18 e 19. Mas mesmo sem saber exatamente quando, gostei que a autora não ignorou a sociedade em questão, ela soube inserir bem isso na história, deixou mais consistente.

Provocante é o segundo volume de As Flores Mais Raras. Agora, eu não li o primeiro, mas isso não impediu meu entendimento na história, cada livro, apesar de seguir uma ordem cronológica e os personagens reaparecerem, a história em si em independente, a trama começa e termina no mesmo livro, já que cada um foca em um casal. Parecido com o que acontece com Os Sullivans, da Bella Andre. Só sei que quero ler o primeiro agora, e os próximos!

“Ele levantou-se e ficou a fitá-la, perguntando-se por que ela estava ali, esperançoso, mas ao mesmo tempo sem se deixar.”

No mais, eu realmente gostei do livro, ele é fácil e rápido de ler, me envolveu rapidamente uma vez que lhe dei a atenção devida e o final… corações, corações, corações! A única coisa que não gostei mesmo foi a capa. Primeiro que a personagem não se parece fisicamente com a Verity, nem com sua personalidade. Segundo que apesar de ser uma imagem bonita, não combina com o livro, e nem como capa.

Avaliação: