Skoob
Título Original: Lady Bones

Título Brasileiro: Boneca de Ossos
Autor(a): Holly Black
Ano: 2014
Editora: Novo Conceito
Páginas: 221
Sinopse: Poppy, Zach e Alice sempre foram amigos. E desde que se conhecem por gente eles brincam de faz de conta – uma fantasia que se passa num mundo onde existem piratas e ladrões, sereias e guerreiros. Reinando soberana sobre todos esses personagens malucos está a Grande Rainha, uma boneca chinesa feita de ossos que mora em uma cristaleira. Ela costuma jogar uma terrível maldição sobre as pessoas que a contrariam. Só que os três amigos já estão grandinhos, e agora o pai de Zach quer que ele largue o faz de conta e se interesse mais pelo basquete. Como o seu pai o deixa sem escolha, Zach abandona de vez a brincadeira, mas não conta o verdadeiro motivo para as meninas. Parece que a amizade deles acabou mesmo…

Com uma narrativa fácil e habilidosa, o segundo livro da Maratona Literária me envolveu rapidamente culminando em outra leitura rápida e deliciosa. Bem que disse na resenha de Colin Fischer que estava com sorte nesta maratona!
Boneca de Ossos nos leva para o finalzinho da infância para a companhia de Poppy, Zach e Alice, três amigos inseparáveis de doze anos que gostam de criar histórias de aventuras e vivê-las através de seus bonecos. A brincadeira deles é coisa séria, seus personagens são quase amigos íntimos e suas histórias importantíssimas a serem desenvolvidas. Entretanto, o pai de Zach acha que ele já está grandinho demais para a brincadeira de faz-de-conta e interrompe a brincadeira.

Com vergonha de contar a verdade, Zach diz às amigas que não quer mais brincar e o súbito desinteresse parece ameaçar a amizade dos três. Quando Poppy os procura dizendo ter sonhos com Rainha – uma boneca feita de porcelana de ossos, presa na cristaleira da mãe – e com um fantasma de uma menina, Zach e Alice se juntam a ela numa última aventura onde, desta vez, serão eles a vivenciar.

“Ele se perguntava se crescer era descobrir que a maioria das histórias não passava de mentira.”

O misto de aventura, fantasia e um leve suspense resultou em um livro envolvente e interessante ao presenciarmos três crianças de doze anos tentando conceder o descanso eterno a um fantasma – que eles não sabem ser real ou fruto de sua imaginação. Dançando no limite da realidade, o livro tem um ar jovial e divertido por conta da inocência dos protagonistas, mesmo com os momentos de tensão que são incapazes de causar pesadelos mas sim de criar várias dúvidas: o que é real e o que é imaginação? Será tudo uma grande brincadeira?

Achei um livro uma graça, pois a narrativa e desenvolvimento do enredo combinam com a idade das crianças, uma aventura que, considerando que elas possuem grande imaginação e gostariam de viver aventuras como os personagens inventados, torna-se um tanto plausível e possível. O enredo principal foi bem explorado, mas senti falta de uma abordagem melhor da história de fundo de cada um deles, embora não afete o andar da história, deixa com um ar de “está faltando alguma coisa” que senti ao terminar o livro.

Páginas amareladas e fonte visível, como sempre são os livros da Novo Conceito. A diagramação é simples, salvo a arte no início dos capítulos. Como o tema e a escrita são fáceis e não possui conteúdo adulto, acredito que qualquer idade poderá aproveitar o livro, especialmente a faixa etária próxima da idade de Zach, Poppy e Alice.

“Por um instante ele não tinha certeza de quem era. E naquele momento ele também não tinha certeza de quem queria ser, mas estava sorrindo feito um idiota.”

Avaliação: