Título Original: The Rise Of Nine
Título Brasileiro: A Ascensão dos Nove
Autor(a): Pittacus Lore
Ano: 2012
Editora: Intrínseca
Páginas: 287
Sinopse: Antes de encontrar John Smith, o Número Quatro, eu estava sozinha, lutando e me escondendo para continuar viva. Juntos, somos ainda mais poderosos. Mas isso só vai durar até precisarmos nos separar para localizar os outros. Fui até a Espanha em busca da Número Sete e encontrei mais do que esperava: um décimo membro da Garde, que conseguiu escapar vivo de Lorien. Ella é mais jovem que o restante de nós, mas igualmente corajosa. Agora estamos à procura dos outros — de John inclusive.
O terceiro livro da saga Os Legados de Lorien vem cheio de planos. Sam ainda está no domínio dos Mogs e John está determinado a resgata-lo, a despeito da vontade de Nove. Os dois se acomodam no antigo esconderijo de Nove e seu Cêpan que surpreende John e juntos descobrem mais sobre seus legados e Heranças. Enquanto isso, Seis se junta a Marina, Ella e Crayton e todos vão atrás do número oito, na Índia, acreditando ser um dos membros mais preciosos da Garde. Os Lorienos precisam se juntar e combater Setrákus Ra, o mais terrível e líder dos Mogadorianos.
É triste que o Eu Sou O Número Quatro não fez sucesso nos cinemas, porque essa série fica melhor a cada volume e daria um filme e tanto! (Nota mental: assistir ao filme novamente agora que li o livro) Como disse na resenha de O Poder dos Seis, a plot line só melhora. Os Lorienos estão desenvolvendo seus legados e se tornando mais fortes a cada dia, já sabem que juntos são mais poderosos e tem mais chances de derrotar o inimigo. Infelizmente, os Mogs não são burros; embora não tenham técnica em batalha, compensam com suas armas e um grande aliado: o Governo Americano. Os membros da Garde precisam tomar mais e mais cuidado.
“Isso não é brincadeira. Estamos em guerra, cara: guerra. E você não pode agir como se só seus sentimentos por Sam importassem, se isso põe em risco a segurança de todo mundo.”
A Ascensão dos Nove (um título que acredito ser equivocado, não é “os nove” e sim “o Nove”) é cheio de ação e aventura, e os autores não tem medo algum em machucar as personagens. O que achei muito legal foi que, apesar de serem aliens dotados de poderes, nenhum dos Lorienos é intocável, todos possuem muita garra e coragem, mas cometem erros, são enganados e ficam vulneráveis. E se machucam, ô como se machucam.
Neste livro, a narração é feita a partir de três pontos de vista: a de John, a de Seis e a de Marina. Essa mudança de personagens narrando teria tudo para dar errado, virar uma confusão, mas a verdade é que a transição é muito fácil e tranquila, acaba informando muito mais e nos aproximando mais das personagens do que eu imaginava. Foi uma evolução gradativa: no primeiro livro, era um narrador; no segundo, dois; agora no terceiro, três. Imagino se cada volume aumenta um narrador.
“A raiva que queimava dentro de mim desaparece. Encontramos outro membro da Garde. Acabamos de ficar mais fortes.”
Ainda sou um pouco resistente com relação ao John, ele é muito imediatista e um pouco egoísta, e isso me irrita. Apesar do Nove ser um pouco arrogante e uma pessoa também não muito fácil, gosto quando eles brigam e põe John em seu lugar e lhe diz verdades, coisas que quase não acontecia então. Aliás, o Nove compensa com seu jeito cômico e convencido, ele é forte e se faz de durão, mas passou por uma barra pesada e não gosta de falar sobre isso.
Vale ressaltar a habilidade de escrita dos autores. Dos três que eu li até agora, o mais comprido foi o Eu Sou O Número Quatro, com 350 páginas – e olha que este foi o livro com menos cenas de ação deles. Os dois volumes seguintes não chegam a 300 páginas e mesmo assim muitas coisas acontecem, várias batalhas, novas informações, planos sendo feitos etc. A leitura não cansa e não pesa, flui muito tranquilamente e nos pega nas cenas de luta. Não sou muito fã de sci-fi, mas Os Legados de Lorien estão fazendo por onde.
“Estou vendo o sonho Lorien morrer? Achávamos que éramos tão fortes, tão espertos, tão preparados. Achávamos que iríamos vencer a guerra e voltar para Lorien. Fomos idiotas, idiotas arrogantes.”
Avaliação: