Ficha Técnica
Título Original: El Príncipe de la Niebla
Título Brasileiro: O Príncipe da Névoa
Autor(a): Carlos Ruiz Zafón
Ano: 1993
Editora: Suma das Letras
Páginas: 180
Sinopse: A nova casa dos Carver é cercada por mistério. Ela ainda respira o espírito de Jacob, filho dos ex-proprietários, que se afogou. As estranhas circunstâncias de sua morte só começam a se esclarecer com o aparecimento de um personagem do mal – o Príncipe da Névoa, capaz de conceder qualquer desejo de uma pessoa, a um alto preço.
Já deixei aqui registrado a minha admiração por Zafón. Desde que lia Marina, ano passado, sua escrita e habilidade de me fazer envolver tão fácil e profundamente com a história me conquistaram. Quando vi que O Príncipe da Névoa – seu primeiro romance – havia sido trazido para o Brasil não hesitei em comprar. Preciso dizer que não me arrependi do impulso?

Seguindo a linha de suspense gótico que o autor parece ser muito fã, O Príncipe da Névoa nos traz o verão em que Max, um garoto de 13 anos, se muda com a família para uma cidade pequena e litorânea em decorrência da guerra. Entretanto, a casa e seus arredores parecem abrigar um segredo sombrio que ameaça revelar-se de uma maneira não convencional e perigosa.

“Isso é bom – continuou o mago. – A diversão é como o ópio: nos tira da miséria e da dor, embora seja tão fugaz.”

Apesar de ser um livro bem curto, a trama não deixou a desejar. Ela é bem construída e abordada, focando-se no essencial e sem perder tempo com pormenores – algo, aliás, comum na escrita de Zafón.

O Príncipe da Névoa foi o primeiro romance que Zafón escreveu e, apesar de ser muitíssimo bem escrito, achei perceptível, comparando-se com os livros que vieram depois, ser sua obra pioneira. Também é possível perceber seu estilo desde cedo que apenas evoluiu conforme escrevia mais.

“Era como se fosse o guia de um museu encantado acompanhando os visitantes num passeio alucinante por uma catedral submersa.”

Agora, um momento para eu respirar. Gente, eu realmente amei o livro. Durante sua curta leitura, passei por diversos sentimentos e reações. Eu ri, tive apreensão e até medo. E chorei. Ah, mas chorei com aquele final lindo e … três pontinhos para eu me segurar e não acabar soltando spoiler. Acho que já disse isso nas duas resenhas que fiz dos livros dele, mas irei repetir: como ainda não tem filme de suas obras?!

Cinco borboletinhas muito bem merecidas para ele, e que venha o próximo para as minhas mãos!

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