Ficha Técnica
Título Original: The Violets Of March
Título Brasileiro: As Violetas de Março
Autor(a): Sarah Jio
Ano: 2013
Editora: Novo Conceito
Páginas: 304
Sinopse: Emily Taylor é uma mulher jovem e escritora de sucesso, mas não gosta muito de seu próprio livro. Também tem um casamento que parece ideal, no entanto ele acabará em divórcio. Sentindo que sua vida perdeu o propósito, Emily decide fazer as malas e passar um tempo em Bainbridge — a ilha onde morou quando menina — para tentar se reorganizar. Enquanto busca esquecer o ex-marido e, ao mesmo tempo, arrumar material para um novo — e mais verdadeiro — livro, um antigo namorado de escola e o colega proibido da adolescência tornam-se seus companheiros frequentes. Entretanto, o melhor parceiro de Emily será um diário da década de 1940, encontrado no fundo de uma gaveta.
Um lugar como a ilha Bainbridge é um ótimo lugar para recarregar energias e se recompor. É pra lá, para os cuidados de sua querida tia-avó, que Emily se refugia após o fim de seu casamento após a insistência de sua amiga Annabelle de que ela precisava desse tempo só para ela. Sua estadia na ilha, que parece mágica e imaculada no tempo, acaba tornando-se mais agradável quando ela conta com a companhia de um antigo namorado dos tempos de verão e uma nova amizade que abala seu coração, embora sua tia torça o nariz aparentemente sem motivo para ele.
Como que pra provar a magia que há no lugar, um diário antigo vai parar em suas mãos, contando a trágica história de amor de Esther; as linhas contidas naquele diário parecem falar diretamente com ela e com o passado de sua família. Que segredos o passado daquela ilha esconde, que sua tia recusa-se a relembrar?
“Enquanto fitava seu caixão, olhei ao redor. Mamãe estava chorando. Tal como Danielle. Por que eu não sentia nada?”
As Violetas de Março é uma deliciosa história que nos envolve muito rapidamente. O passado de Esther e o presente de Emily se encontrando de uma maneira delicada e surpreendente. Sarah Jio soube por em suas páginas a magia de Bainbridge. Em busca de conforto na ilha, Emily conseguiu encontrar sua inspiração, seu rumo e seu coração. Encontrou a si mesma.
O livro é bem tranquilo de se ler. Além de nos transportar para os anos 40 através do diário, também nos leva à suavidade da ilha e seus habitantes. Com uma escrita delicada e fluente, a narrativa nos prende e nos deixa curiosos conforme os fatos são liberados aos poucos, quase ao acaso. A forma que Sarah entrelaça duas pessoas separadas por um grande intervalo de tempo, unidas pelas palavras de uma foi incrível. Pude sentir como Emily se sentiu ao ler cada página do diário.
“Eu sabia, em meu coração, que se houvesse algo pra aprender algo com a história de Esther seria ficar e lutar – pela verdade e pelo amor. No entanto eu estava muito cansada para isso agora.”
Apesar de o livro se passar em apenas um mês, ele foi bem abordado e desenvolvido, praticamente dia após dia. De tal forma que os romances – novos e antigos – não ficaram à deriva ou inconsistentes e as relações com os outros personagens não esquecidos ou deixados de lado. Foi tudo muito bem planejado. Nota dez pra Sarah!