Ficha Técnica

Título Original: Eternity

Título Brasileiro: Os Anjos Sentinelas – Eternamente

Autor(a): Heather Terrell

Ano: 2011

Editora: Rai Editora

Páginas:  248 páginas

Sinopse: Um fim… ou um novo começo? Ellie tem que lidar com a difícil missão de ser a Eleita para salvar o mundo. Com as responsabilidades aumentando, seu relacionamento com Michael vai de mal a pior, e a situação chega ao limite quando ela conhece um rapaz muito especial, chamado Rafe. A hora tão esperada finalmente chegou, e a garota tem que aprender a usar seus poderes para enfrentar os anjos caídos. Sabendo do importante papel que o destino lhe reservou, ela tenta deixar as emoções de lado, mas logo descobre que aquele que tem a chave para o seu coração também é res¬ponsável pela salvação ou destruição da humanidade. Com o homem certo ao seu lado, nossa heroína encontrará as forças para enfrentar o seu destino e encarar um difícil dilema: salvar a humanidade à custa de uma grande perda. O leitor vai se emocionar com esta incrível história de amor, nas suas mais diversas formas, e seu final surpreendente.

Skoob – Resenha de “Anjos Sentinelas – Enviados

Pode conter spoilers sobre o volume um.

Eternamente é o segundo e último volume da série Os Anjos Sentinelas. Finalmente uma história que a autora não demora mais de três livros para contar! Ultimamente virou moda fazer trilogias e sagas enormes, e pouca delas – pelo menos para mim – valem realmente a pena. Mas, enfim, nenhum dos casos se aplica à Eternamente.

Raramente gosto de livros que tenham como tema  anjos. Não gostei muito de Halo (e nem o terminei), e Sussurro me perdeu logo no primeiro livro (quando a personagem principal me irrita, já era!). Mas Os Anjos Sentinelas realmente me pegou. Não sei se é porque não é apenas sobre anjos, mas também sobre o Apocalipse, me lembrando de Sobrenatural, ou sei foi o fato de não ser uma história típica “o anjo/anjo caído se apaixonou pelo humano e vice-versa só é um amor proibido e eles têm que dar um jeito”. Só sei que eu realmente gostei dos livros e que Heather escreve muito bem, como já disse na resenha do primeiro livro.

“Abri a boca com centenas de perguntas na ponta da língua, mas Michael pousou um dedo meus lábios para que eu não dissesse nada. Eu não entendi. Por que não poderíamos falar sobre aquele assunto na privacidade de seu carro?”

Nesse segundo e último volume as coisas não andam muito bem para Ellie e Michael. Ambos têm que fingir de que se esqueceram de tudo o que passaram e devem agir como se fossem apenas dois adolescentes normais, sem anjos, Profecias Bíblicas e perigo. Porém, eles sabem que não devem ficar parados e, com a ajuda da amiga de todas as horas, Ruth, obtêm informações importantes… e devastadoras. Eles precisam agir, mas não sabem como, a quem recorrer muito menos em quem confiar. Agora que a Eleita foi anunciada e que os Caídos das Trevas estão dispostos a tomar a terra, tudo o que eles precisam e de um sinal divino. E eles ganham mais que isso: uma ajuda dos Céus. Literalmente.

Heather não ignora que é uma guerra celestial, portanto, os humanos não sabem e nem tem pistas de que há perigo eminente. Também não se esquece de que são dois adolescentes que recém-descobriram sua natureza e devem salvar o mundo; Ellie tem uma crise de choro que é muito bem vinda, afinal, quem não estaria com medo, assusta, chocada e em dúvida se poderia fazer isso?

Mas eu aplaudo a autora ainda mais pelo fato da relação Elli/Michael não ser perfeita! Eles brigam, sentem ciúmes um do outro, ficam sem se falar, mas, principalmente, a relação estremece quando descobrem que a Ellie é a Eleita. Michael sente um pouco de ciúme disso, embora nunca a deixa de amar ou de querer protege-la . É uma relação muito palpável, muito verdadeira e cheia de brigas e amor, como é uma relação mesmo. Seria tolice pôr que ambos se amam e se apoiam incondicionalmente sem nenhum conflito, pois na vida real não é assim. Eu admiro o casal e o fato de que eles não sejam um daqueles casais literários perfeitos só contribui para a história.

“Com espalhafato Michael me abraçou e me beijou, exibindo um afeto que parecia nada a ver comigo: queria apenas mandar um recado a Rafe. Pois, tão logo, este se afastou e se apressou a me soltar.”

Outra coisa que achei interessante foi o fato de a autora não deixar Ruth para trás. Muitas vezes os melhores amigos dos personagens principais são… melhores amigos dos personagens principais. Só isso, sem nenhum envolvimento na história. Ruth descobre sobre o casal, e não se afasta nem nada. Aliás, em ambos os livros ela ajuda Ellie, no segundo sua participação aumenta, pois ela é a única pessoa que sabe de tudo com que Ellie e Michael podem conversar, e também a única que pode ajuda-los a descobrir mais sobre o que está acontecendo.

E, finalmente, um livro que a autora não ignora o fato de os personagens principais adolescentes serem de fato adolescentes. Eles têm tarefas, provas, trabalhos, escolas e tem pais que se preocupam e os proíbem de sair ou tem hora pra voltar! Heather não evaporou com os pais e responsabilidades de jovens menores de idade como muitos autores por ai. Acho que esse foi um dos pontos que mais me impressionou. Como qualquer adolescente estadunidense, eles tem mais liberdade e autonomia, diferentes dos brasileiros, por exemplo, mesmo assim, eles não são adultos e isso não foi esquecido. Palmas pra Heather!

No mais, o livro me pegou de jeito e eu li muito rápido, por que a cada momento acontecia uma coisa – obrigada, Heather, por não enrolar com a história! – e eu queria saber mais e mais. Não percebi erros de digitação ou ortografia e a capa, mais uma vez, está linda (mesmo não curtindo muito capas com modelos). Ela fechou os pontos principais sem deixar pontas importantes soltas. Apesar de haver algumas coisas que ela não comentou sobre, eu cheguei à conclusão sozinha pelo o que ela dizia durante os livros, não sei se era a intenção dela ou se ela simplesmente se esqueceu de nos informar algum detalhezinho ou outro. Nada que comprometa a leitura ou finalização do livro, entretanto.

“Tentei me convencer de que o sacrifício fora necessário. Ele me permitira salvar o mundo das trevas que Samyaza indubitavelmente lançaria sobre a humanidade, com seus desígnios equivocados.”

Resenha desenvolvida por Maria Salles.