Ficha Técnica

Título Original: Snow White and the Huntsman

Título Brasileiro: Branca de Neve e o Caçador

Direção: Rupert Sanders

Ano: 2012

Duração: 127min

Elenco: Kristen Stewart, Chris Hemsworth, Charlize Theron, Sam Claflin, Ian McShane e Toby Jones.

Sinopse: Quando a rainha má, Ravenna, mata o rei e toma o reino, se transformando numa tirana, achou que seus problemas haviam sido resolvidos. Porém, quando a jovem princesa e órfã – presa por ela numa masmorra – completa 18 anos, ela se torna a mulher mais bela do reino e, com isso, um perigo eminente, não apenas para a vaidade da rainha, mas também para seus poderes. Dotada de uma força e determinação, Branca de Neve foge e se embrenha pela Floresta Negra (um lugar medonho e terrível) tendo ao seu encalço o Caçador, contratado por Ravenna para trazê-la de volta. Entretanto, ambos acabam se tornando aliados e se juntam para derrotá-la.

Trailer:


Demorei, mas finalmente terminei a resenha do filme que vi na terça- feira. Sim, quase uma semana de demora. Mea culpa, pensei tanto nela que no final nada saía de decente. Antes tarde do que nunca, espero que gostem da resenha!

Branca de Neve e o Caçador, no geral, me agradou bastante. A fotografia do filme estava muito linda, adorei a paisagem e os cenários. A caracterização também está de parabéns, passou bem uma mistura de idade média e magia; ao mesmo tempo em que fica aquele tom de contos de fadas, nos dá aquela sensação de realidade, o que, pra mim, conta pontos pra história.

Os figurinos foram o que mais me chamou a atenção, principalmente os de Charlize Theron. Eram divinos, sem mais. Assim como a atuação da atriz – que foi incrível e impressionante – , suas vestimentas foram um dos pontos altos do filme. A rainha Ravenna começa como uma inocente – e belíssima – prisioneira que o rei encontra, casando-se com ela pouco tempo depois. Suas roupas começam coloridas e imponentes, assim como o estado de seu espírito e poder. Conforme a evolução dos fatos, a ameaça eminente de Branca de Neve deu espaço ao desespero de Ravenna culminado à sua deterioração física e psicológica, além dos poderes começarem a minguar. Apesar de manter a pose, suas roupas tornaram-se escuras e mais ‘repugnantes’, digamos assim. Muitas pontas e metal, além de um material um tanto quanto questionável, como um vestido feito inteiro de penas de corvos. Aliás, criatividade não faltou para a confecção dos vestidos dela: carcaças de besouros, couro e crina de cavalo foram alguns de seus materiais.

Charlize Theron, a rainha má Ravenna

Em contrapartida, a atuação da jovem Branca de Neve, interpretada por Kristen Stewart, não foi nada chamativo. Aliás, que seus fãs me perdoem, tenho fortes crenças de que foi sua fama por Crepúsculo, ao invés de suas habilidades interpretativas de fato, que a fez escalada para o papel. Quando penso na princesa Branca de Neve, imagino uma jovem lindíssima e com aquele frescor e certa magia envolvente. No filme, além de tais qualidades, a princesa também é uma guerreira. Kristen é bonita, sim, mas há atrizes melhores, e as outras qualidades lhe faltam por completo. Sem contar que em todas as cenas ela tem a mesma expressão facial. Houve uma cena toda mágica e linda que não sabia se ela estava com cara de nojo ou de medo – e deveria ser uma cara impressionada e mais alegre. Mas não vou dizer que ela não melhorou de um filme para outro, vi sim uma melhora, embora a deixe longe de ser uma atriz exemplar em minha opinião. A atriz mirim que interpretou a Branca de Neve criança era de longe mais bela e convincente.

Já os papeis masculinos, Chris Hemsworth (e eu googlei pra poder escrever certo), rouba totalmente a cena em carisma e beleza como o Caçador, dando a William, interpretado por Sam Claflin, um papel secundário e menor. Os anões foram o toque de humor dado ao filme, e vale dizer que eles não eram anões de verdade (não sei se todos ou alguns).

O Caçador, Chris Hemsworth, e a Branca de Neve, Kristen Stewart

O filme, mais sério e focado na luta entre a princesa e a rainha, não dá nem um gostinho de romance. É visto o efeito de Branca nas pessoas e na natureza, mas o pseudo triângulo amoroso entre ela, o caçador e William (que não é príncipe e sim filho do duque) não é abordado. Nem entre ela e homem algum, na verdade, o que é compreensível, devido ao estado atual do andamento das coisas no reino.

Sobre a tal falada guerra entre o bem e o mal, achei que poderiam ter estendido um pouco mais, ter tido pelo menos algumas batalhas ou citado que ocorreram antes de invadirem o castelo. O final foi muito rápido, e era uma cena que estava esperando pra ver, seria o momento culminante da queda da rainha, deveria ser bem épico, não? Foi tão rápido que nem deu pra prender a respiração direito. Vi que o diretor tinha/tem a intenção de fazer do filme uma trilogia, mas não teve um gancho no final do filme para um próximo, nem cena depois dos créditos para dar aquela sensação de ‘não acabou’. Não sei se suas intenções mudaram e ele resolveu fazer um só filme, se esqueceram de, ou foi mal elaborado o final, sei que pra mim iniciou-se e terminou em um filme só, e, pra mim, foi bem satisfatório.

Sam Claflin como William, filho do duque e amigo de infância de Branca

Resenha e sinopse desenvolvidas por Maria Salles